Ela era sozinha. Não porque queria, pois não tinha outra opção. Com isso sua mente passou a manipular e articular planos psicóticos. — E se eu fosse ele, não faria o que fez com ela.— Ela começou a coçar seus próprios dedos, franzir sobrancelhas… Começou a dá sorrisos maléficos. Um belo dia ela o viu passando na rua com a garota que dizia ser sua amiga. E além de louca, ela passou a ser fria e calculista. E esse dia que parecia ser belo, passou a ser uma noite de trevas. Não só o dia, como seu coração também. De um modo extremamente psicótico, ela pegou sua roupa preta, a faca de sua mãe e o carro de seu pai. Quando o casal feliz estava a dobrar o terceiro quarteirão, um carro preto vem de encontro à eles. Com um farol alto, eles perderam a visão. Não conseguiram correr. Conforme o carro ia se aproximando eles iam diminuindo a velocidade. Quando ela chegou em cima, eles se jogaram ao chão e ela freou. Desceu do carro do mesmo jeito que via em seus filmes de terror. Ela pôs os pés sobre os dois e disse:
— Como os poetas dizem: “Nenhuma noite é tão longa que não encontre o dia.” Mas sinto muito, essa será longa de mais. E não irão encontrar o dia.
— Daiane, é você? —Ela tira a toca.
— Depende de qual está se referindo.
— Para de maluquice Daiane!— A namorada de seu ex diz se intrometendo.
Ela olha para a lua e vai descendo lentamente o olhar até a faca que estaria em sua bota. Sem medo nem piedade, ela corta os seios da garota e o pênis dele. E com uma última fala, ela acaba com tudo: — E pra não dizerem que não os amo, decidi deixar a noite de vocês encontrar o dia. Mas isso aqui, —Ela diz olhando para o que havia cortado.— fica comigo.
Rodrigo Amaral Franco
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