sexta-feira, 12 de outubro de 2012

Ele não é como os outros caras.

Uma bomba estoura na varanda.
Alice e Carlos acordam assustados. 
— Ouviu isso Alice? 
— Ouvi sim Carlos! O que será que foi isso? — Pergunta ela com um tom de medo.
— Não sei. Irei vê, me espere aqui. — Ele levanta da cama, pega seu roupão que estava sobre o criado mudo, põe seu chinelo e desce. — Chegando lá ele encontra Enzo — Seu filho — debruçado em sua janela e pergunta:
— O que houve filho? — Pergunta ele já sobre a janela. Não dando nem tempo de Enzo responder se depara com seu filho mais velho jogado no quintal. 
— Não acredito que está bêbado de novo filho. E ainda tava dirig… — Alice chega interrompendo Carlos.
— Filho, está tudo bem? Entra que vou preparar seu café. — Indignado por mais uma vez Alice passar as mãos sobre a cabeça de Cássio, Carlos se vira e volta rapidamente para seu quarto. Logo após meu pai sair, Cássio me olha, sorrir do jeito irônico dele e sai. Com toda essa confusão, eu nem me dei conta que ainda teria que ir à escola. Olhei de relance para o relógio e ainda era 05h18minh. Fui até o banheiro, fechei a porta rapidamente, provocando a queda da maçaneta. Olhei e pensei cá comigo: “Ah, depois eu coloco.” 
Como de costume, tirei a roupa, me olhei no espelho e fiquei observando se havia crescido algum pelo em meu rosto. Já estava até acostumado a olhar e me decepcionar, porque dessa vez seria diferente? Não foi. Não havia crescido nada. Nem meio pelo. Então decidi tomar banho. Peguei meu celular, e coloquei o media player para reproduzir. Sempre tocava os louvores que eu gostava. Ana Paula Valadão, André Valadão, Davi Saccer, Fernandinho… Mas desta vez foi diferente, tocou uma música lenta, que nem eu sabia qual era. Qualquer outra pessoa diria ter som de amor. Mas esqueci-a e continuei a tomar meu banho. No final dela, dizia algo relacionado à someone like you. Eu imaginei bem, e aquela frase entrou em minha cabeça. Mas não dei tanta importância. Fechei o chuveiro e saí. Peguei a maçaneta no chão e a pus no lugar. Após abrir a porta, saio de costas para a cama.
— Qual foi queridinho da mamãe? — Com o susto, me viro rapidamente.
— Está doido Cássio?
— Doido nada. Você sabe que ela te ama mais. Só porque você a segue na igreja. Tira notas boas. Não fuma, não bebe. Não faz sexo. — Ele rir zombando da minha cara. Olho para ele como se tivesse adorado o que ele havia dito. Claro, com ironia. 
— Não pode ser. Você chega bêbado, arremessa uma bomba na minha varanda, me acorda, acorda nossos pais, minha mãe fica do seu lado, e ainda acha que eu sou o queridinho da mamãe? Você ta precisando rever isso.
— Ela ficou do meu lado contra o pai, mas se fosse entre mim e você, ela com certeza ficaria do seu lado.
— Cássio, para de me aporrinhar que eu preciso ir para a escola. 
— Cara, que adolescente de 16 anos diz “aporrinhar”?
Fui até a porta e a abri o expulsando. Deitou sobre a cama querendo dizer que não sairia. Idiotice minha achar que ele sairia, não respeita nem nossos pais. Logo após eu deixar a toalha cair e ficar só de cueca, ele começou a rir das minhas pernas. Risadas extremamente escandalosas e agudas tomavam conta do quarto. 
— Posso saber por que o escândalo babaca?
— “Babaca”? Olha para suas pernas irmão, — Gostava de me chamar de irmão sempre que estará sendo irônico. — veja como são finas, cheias de pelo… Mulheres não gostam disso. Você tem que malhar e raspar essa perna. Ai sim você poderá quem sabe ser enxergado na escola.
— Quem é você para falar de mulheres cara? Seus namoros nunca duram. 
— Claro que duram. Fiquei sete meses com a Clarisse.
— Isso porque ela não abriu as pernas para você assim que a conheceu. Ela não deixou se levar pelo seu carro. Pelas suas palavras frias e mentirosas. Seus falsos sentimentos. Ela eu até tenho respeito, mas as outras? Prefiro me calar.
— Quem é você para falar assim comigo Enzo? Sua amiga dá em cima de você na cara de pau e você não percebe. A Jully, amiga da Clarisse colocou a mão no seu pau ano passado e você fez xixi nas calças… 
— Você sabe muito bem o que houve! — Digo o interrompendo. — Eu tava apertado. Agora me deixe terminar de por a calça que tenho que ir. Não sou vagabundo como você. Repetir o terceiro ano. — Olho para ele e dou um sorriso sarcástico. — Visto a camisa, calço o tênis e pego a mochila.
— Ei! —Disse ele segurando meu braço. — Pegue minha chave e vá de carro. Se não malhar nem raspar a perna, só assim para as mulheres olharem para você. — Me solto, saio e fecho a porta sem me manifestar sobre o assunto.
Assim que fecho minha mãe grita:
— Enzo! Venha comer para não se atrasar e atrasar seu pai.
— To descendo mãe.
Assim que chego à sala de jantar, vejo meus pais sentados me esperando.
— Sente-se filho, vamos agradecer a Deus por mais uma noite de vida e que nos guie nesse novo dia. Agradecer por esse alimento.
— Não vai chamar o Cássio, mãe? 
— Ele nunca vem, até parei de chamar.
— Mas chame mãe, nunca desista. Vai que um dia ele aceita e vem…
— Acho meio difícil.
— Vou chamá-lo. Esperem aqui.
— Não demore Enzo, senão vamos nos atrasar. — Diz meu pai.
Levanto-me da mesa rapidamente, e vou correndo até meu quarto. 
— Cássio vem tomar café conosco? A mãe pediu que viesse te chamar.
— Vá se ferrar! Quero dormir.
Ele tinha aquele jeito seco dele, mas eu sabia que no fundo ele era… seco e frio. Um idiota, não sei por que ainda fui chamá-lo. Na verdade sei sim, fui chamar por que ele deveria está com fome. Desci novamente. Olhei no relógio novamente e eram 06h29minh. 
— E aí filho? — Disse minha mãe com um olhar triste.
— Ele estava dormindo mãe. — Disse na intenção de disfarçar e não deixá-la triste.
Logo após a oração, começamos a comer. Enquanto comia eu reparava o amor do meu pai pela minha mãe. Ele sentava ao lado dela, dizia palavras bonitas, perturbava ela… Ela por si mesma não deixava barato, chamava ele gordinho do olho azul. Ele odiava. Mas se amavam. Eu ficava me imaginando nessa cena. Mas nunca tinha tempo o suficiente para imaginar. Pois dormia ou era interrompi…
— Vamos Enzo? — Como eu ia dizendo, sempre era interrompido. —
— Vamos sim pai.
Pego minha mochila que no chão estava. Meu pai dá um beijo na minha mãe. E Cássio continua bêbado. A empregada abre a porta para nós e entrega o jornal ao meu pai. Eu ajeito meu fone, coloco-o no iPhone e coloco o tal de someone like you. Essa frase me tocou de um jeito, que não entendo. Estou escutando, mas não consigo dizer o que ela provocou em mim. Mas eu gostei.
— Ei! — Meu pai me interrompe. —
— Vai ficar com esse fone no ouvido mesmo?
— O que quer que eu faça?
— Sei lá. Vamos conversar.
— Sobre?
— Seu irmão. Acha que ele tem problema?
— Não, ele só é um babaca mesmo.
— Não ta a fim de conversar, é?
— Não. Risos.
Ele se cala, e então ponho meu fone novamente. Percebo que havia parado de tocar someone like you, e tinha começado um louvor que eu simplesmente adoro. Advogado Fiel, da Bruna Karla. Chegamos ao colégio.
— Tchau filho. Fica com Deus. — Quando ele ia se aproximando para me dá um beijo, eu fechei a porta. —
— Tchau pai, vai com Deus o senhor também!



Rodrigo Amaral Franco

quinta-feira, 11 de outubro de 2012

Literatura da mulher


Tão complicada quanto 
a mulher,
tão complicada quanto
a poesia.

Tão fácil de se ler
porém tão difícil
de entender.

De dez palavras,
poucas são às 
que realmente são lidas.

De dez mulheres, 
poucas realmente valem
à pena hoje em dia.

Nesse imenso mundo
existe ladrões da literatura.
Fingem sentir,
se importar,
gostar e,
até amar.

Existe a linda mulher;
com decotes;
com uniformes;
com fantasias…

E não digo apenas 
fantasias sexuais,
fantasia de caráter, 
personalidade e o
que mais de ruim há.

Mas como na literatura
é fácil apagar e escrever 
de novo.
Se você perdeu,
se fodeu ou até 
mesmo morreu,
passe a borracha e viva.
Novamente.





Rodrigo Amaral Franco

Caixa de bijuterias.

Você diz que o ama, mas esconde suas manias dentro de uma caixinha de bijuterias quando vai encontrá-lo. Ajeita seu cabelo, passa maquiagem, faz unha, se enfeita[…] Talvez você não devesse fazer isso, quem sabe ele gosta das suas manias, do seu cabelo bagunçado, do seu rosto natural… Você é perfeita e não sabe disso, se ele realmente à ama, você não precisa mudar. Quando encontrar o cara que te ame, você deixará sua caixinha apenas com bijuterias


Rodrigo Amaral Franco

terça-feira, 2 de outubro de 2012

Não esqueça das flores.

Era um sábado caloroso no Rio de Janeiro. Qualquer pessoa solteira e maior de idade iria querer sair de casa. Eu não seria diferente, me arrumei e fui para uma boate na Zona Sul. Após uma hora sentada no balcão, bebendo um drink, vejo um homem de boa aparência, entrando pela porta. Parecia-me nervoso. Ele veio até minha direção e sentou-se no banco ao meu lado. Pediu uma dose dupla de conhaque e virou em um gole só, batendo o copo no balcão e pedindo outra dose dupla. Assim que ele vira o segundo copo, ele afrouxa a gravata e se vira pra mim. 
— Por que as pessoas têm tanta dificuldade em nos entender?
Respiro fundo balançando a cabeça e digo: 
— Não sei, mas gostaria muito de poder lhe ajudar. O que houve?
— Bom, minha mulher não me entende. Acha que sou um péssimo pai, por levar meu filho aos lugares de homens, e não aceitar que minha filha esteja ficando moça. Sou pai de dois gêmeos de quinze anos. Às vezes não sei se realmente a amo, ou se aturo ela apenas pelos meus filhos. 
Enquanto ele me contava tudo isso, eu ia analisando o que poderia fazer. Ele era um “coroa boa pinta”, desses que andava bem vestido, careca e forte. Com certeza, dinheiro ele tinha. E já que estava desamparado, precisava de alguém para ampará-lo. E já que estou aqui, não poderia deixar de ajudá-lo. 
— Eu lhe entendo. — Digo cruzando as pernas e levantando um pouco a saia.
Ele olha para as minhas pernas disfarçadamente e pede mais uma dose, só que dessa vez, duas. 
— Tome, beba comigo. 
— Olhei para ele, peguei o copo e, antes de beber, passei a língua pela borda do copo. 
— Então, sei que é difícil fazer novas amizades, ainda mais em baladas, mas você parece ser uma pessoa agradável. Que tipo de música você gosta?
— Eu gosto de eletrônica, músicas agitadas. E você?
— Eu gosto mais de MPB, curto mais as lentas. Porém amo as que têm um pouco mais de ritmo. 
— Gostaria de dançar um pouco? — Ele me olha meio desconfiado. — Sei que não nos conhecemos direito, mas não tem problema. Apenas amigos. 
— Tudo bem. Vamos sim.
Ele vai dançando e a bebida vai fazendo efeito. Danço e ao mesmo tempo vou mexendo nos cabelos, descendo até o chão. Vou jogando sensualmente. Fico de costas para ele e vou me aproximando, encosto, e ele vai dançando junto ao meu ritmo e ao da música. Pego a mão dele e coloco na minha cintura. Ele começa a encostar-se a mim, cheirar meu pescoço e pegar firme na minha cintura. Quando sinto que ela está começando a gostar, eu viro-me de frente a ele, pego em sua gravata e desço até o chão. Subo e falo em seu ouvido:
— Não prefere ir para algum outro lugar? — E mordo sua orelha. 
— Não, não. Apenas amigos. — Ele diz e fecha os olhos imaginando tudo que poderia acontecer. 
— Eu não disse outra coisa, mas você não pode ir para casa dirigindo, desse jeito. Minha casa é aqui perto, seria menos perigoso do que ir até sua casa.
— Tem razão, mas só irei até lá para dormir, certo?
— Claro! — Afirmo sem deixar nenhum tipo de dúvidas no ar.
Ele paga a conta e vamos até o estacionamento. Ele como um grande cavalheiro, abre a porta para mim, e logo depois entra. Seguimos até meu apartamento, quando chegamos lá, abro a porta. Percebo que ele estaria reparando bem o local. 
— Entre, sinta-se a vontade. Pode se ajeitar por aí, o banheiro é ali. Vá entrando, que pegarei uma toalha para você se enxugar. 
— Certo. — Ele fala sem nenhuma expressão de desconfiança. 
Vou tirando minha roupa enquanto ele entra no banheiro. Passo meus cremes de pele, ajeito meu cabelo e coloco uma calcinha especial. Dou o tempo de ele tomar banho. O barulho da água para, então eu levo a toalha. Ele abre só um pouco da porta e estica a mão pedindo a toalha. Coloco a toalha não mão dele e continuo segurando na outra ponta. Ele puxa a toalha e eu me atiro para dentro do Box como se ele tivesse me puxado. 
— Ei, ei! O que é isso? Desculpe. — 
— Tudo bem. — Digo imprensando ele sobre a parede até ele relaxar. 
— Cachorra! Piranha! — Diz ele gritando. — Vadia! — Diz ele sussurrando. —
— Eu sei que você quer, senão quisesse, não teria vindo. Agora eu quero seu sexo, quero você. 
— Mas eu sou casado!
— Amanhã você compra umas flores e diz que dormiu na casa de um amigo do escritório.
— Tem razão. 
Ele pega-me no colo, encosta-me na parede e começa a beijar meus seios. E me leva para a cama. Depois de horas de sexo, a melhor transa que eu já tive, resolvemos dormir. 
No dia seguinte, quando acordo. Ele já está tomado banho, e arrumado.
— Isso nunca mais irá se repetir, mas se quiser continuar sendo minha amiga, meu número está anotado na parede do banheiro. 
Eu olho para ele e sorrio, talvez estivesse apaixonada. 
— Ei, não se esquece de comprar as flores. — Sorrio e ponho a cabeça sobre o travesseiro novamente.

— Você é uma vagabunda mesmo!


Rodrigo Amaral Franco

segunda-feira, 1 de outubro de 2012

Ela não sabia que ele ainda à amava.

Ela achou falta de respeito, ele ter namorado com outra garota logo após o término do namoro deles. Mas ela não sabia que ele ainda à via em todas as outras garotas, sentia seu cheiro, olhava seu perfil todos os dias, sempre checava pra ver se havia foto nova, ou se você também estava sentindo falta dele. Não sabia que ele ainda tinha seu número na agenda, - e mesmo que não tivesse, ele sabe de cabeça - a camisa preferida dele ainda era a que ela havia dado no aniversário de namoro. Ela não sabia que a namorada dele era apenas para tentar tirá-la da cabeça.

Rodrigo Amaral Franco 

sexta-feira, 28 de setembro de 2012

Contos de um Senhor apaixonado

Eu sei que um dia tudo fica chato. Começamos a contar piadas sem graça, a perguntar os sobrinhos como vai à vida amorosa. A ver crianças que vimos crescer e falar que já a pegamos no colo, dizer que na nossa época as coisas eram bem melhores. Que os assuntos eram outros, as festas eram menos perigosas, as músicas então, na nossa época podiam ser chamadas de música, hoje em dia é só blasfêmia. As crianças vêem nossas fotos antigas e começam a rir das roupas, dos penteados, das maquiagens… Falam que era tudo brega antigamente. Mas tentamos explicar que antigamente, isso era moda. Elas começam a rir e falar que era impossível algo tão sem graça e feio, ser moda. Mas tudo isso eu tenho que viver com você, quero estar junto a ti. Quero explicar tudo isso com a sua ajuda, sentados numa cadeira na varanda. E quando falarem dos penteados eu direi que você usava um daquele jeito e esse foi um dos detalhes que fez eu me apaixonar por você. Que você me completava mesmo dançando daquele jeito, que hoje eles julgam “brega”. Não sabem que chegará certo dia, que eles começarão a achar legais as coisas antigas. A moda volta. Os penteados voltam. As músicas nunca se vão. E você eu quero que seja como a música, nunca se vá. Quero você comigo para sempre. Pois quando tudo ficar chato, você será minha alegria como é hoje e foi ontem. Nada é chato quando você está comigo. Mas quando não está, tudo é nada.


Rodrigo Amaral Franco 

quinta-feira, 27 de setembro de 2012

Diário de uma psicopata, Louca por vocês.

 Ela era sozinha. Não porque queria, pois não tinha outra opção. Com isso sua mente passou a manipular e articular planos psicóticos. — E se eu fosse ele, não faria o que fez com ela.— Ela começou a coçar seus próprios dedos, franzir sobrancelhas… Começou a dá sorrisos maléficos. Um belo dia ela o viu passando na rua com a garota que dizia ser sua amiga. E além de louca, ela passou a ser fria e calculista. E esse dia que parecia ser belo, passou a ser uma noite de trevas. Não só o dia, como seu coração também. De um modo extremamente psicótico, ela pegou sua roupa preta, a faca de sua mãe e o carro de seu pai. Quando o casal feliz estava a dobrar o terceiro quarteirão, um carro preto vem de encontro à eles. Com um farol alto, eles perderam a visão. Não conseguiram correr. Conforme o carro ia se aproximando eles iam diminuindo a velocidade. Quando ela chegou em cima, eles se jogaram ao chão e ela freou. Desceu do carro do mesmo jeito que via em seus filmes de terror. Ela pôs os pés sobre os dois e disse:
— Como os poetas dizem: “Nenhuma noite é tão longa que não encontre o dia.” Mas sinto muito, essa será longa de mais. E não irão encontrar o dia. 
— Daiane, é você? —Ela tira a toca.
— Depende de qual está se referindo.
— Para de maluquice Daiane!— A namorada de seu ex diz se intrometendo.
Ela olha para a lua e vai descendo lentamente o olhar até a faca que estaria em sua bota. Sem medo nem piedade, ela corta os seios da garota e o pênis dele. E com uma última fala, ela acaba com tudo: — E pra não dizerem que não os amo, decidi deixar a noite de vocês encontrar o dia. Mas isso aqui, —Ela diz olhando para o que havia cortado.— fica comigo.


Rodrigo Amaral Franco